13 de dez. de 2010

Internet muda padrão de consumo

Os negócios virtuais devem manter o crescimento apresentado nos últimos anos em 2011. Embaladas por uma nova cultura digital, empresas esperam ampliar sua atuação na rede, com mecanismos de interação que devem ir muito além da compra e venda online.
Para se ter uma ideia desse avanço, em oito anos o faturamento do comércio eletrônico saiu da casa  dos R$ 850 milhões, para perspectiva de fechamento de R$ 15 bilhões em 2010.

De acordo com o presidente da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), Manoel Matos, o crescimento do comércio eletrônico foi beneficiado pela maior inserção da internet, pela chegada de novas tecnologias, como os smartphones, e pelo barateamento de computadores.  Em outra via, a criação de mecanismos de segurança e as entregas rápidas por meio dos serviços do Correios também colaboraram com a atração de novos clientes.  "Alguns estigmas da compra online foram eliminados. Hoje, cerca de 90% das compras realizadas pela internet são entregues via Sedex”, diz Matos.

A previsão de fechamento de 2010 representa um faturamento 40% superior em relação ao ano passado, R$ 10,6 bilhões, de acordo com levantamento da camara-e.net. O otimismo da instituição considera o aquecimento das vendas para o natal. O crescimento neste último semestre deverá ser de R$ 3,3 bilhões.
No período de 2009 e 2010, o aumento nas ventas também contou com a ajuda da  redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI ) para linha branca (máquinas de lavar, fogões e geladeiras).

As perspectivas para os próximos anos são as mais positivas. Programas de inclusão digital e a ampliação da banda larga, por meio de programa de governo, devem favorecer ainda mais a entrada de novos clientes no meio virtual. Além disso, a entrada de grandes players no mercado online, como o Wall Mart e Carrefur, iniciadas no segundo semestre deste ano, deverá se tornar mais incisiva em 2011. Essas empresas de porte no comércio virtual brasileiro devem não apenas ampliar o número de consumidores em rede, mas também promover uma nova forma de competitividade virtual, com preços e promoções mais atraentes aos consumidores.
Outro movimento que ampliou as negociações na internet são os clubes de compra, que tiveram uma ampla expansão em 2010. De acordo com o IBOPE, os sites de descontos ou compras coletivas atingiram 5,6 milhões de usuários únicos em setembro, número equivalente a 14% dos internautas do mês. Em junho, a audiência única dos sites de compras coletivas somava 1,7 milhão de usuários. O crescimento foi de 31% em setembro e de 231% em três meses.

O número total de usuários ativos no trabalho e em residências em setembro de 2010 foi de 40,6 milhões, o que significou uma diminuição de 2,4% em relação ao mês anterior e um crescimento de 14% na comparação com os 35,5 milhões de setembro de 2009. Considerando o uso da internet em todos ambientes (trabalho, residências, escolas, lan houses, bibliotecas, telecentros), o número de pessoas com acesso foi de 67,5 milhões, no quarto trimestre de 2009. Segundo o analista do IBOPE Online, José Calazans, internautas com idade entre 25 e 34 anos são os que mais usam os sites de compras coletivas, responsáveis por 38,3% da audiência.

No Brasil, o aumento de poder aquisitivo da classe C também potencializou as vendas no ambiente virtual. E deve acentuar as compras por meio de clubes de compra, avalia Matos. O ticket médio desta classe é de R$ 340 a R$ 360, valor considerável e que deve ser trabalhodo pelas empresas.
“Esse é o público consumidor que gosta de desconto, que coleciona cupons e participa de promoções. Com a ampliação da disponibilidade em rede, a classe C deverá ampliar significativamente o fluxo de compras em clubes de desconto”, diz o presidente da instituição.

Redes Sociais
As redes sociais hoje se configuram em um importante mecanismo de publicidade, levando as empresas a apostar nos sites de relacionamento para promover os seus produtos. De acordo com levantamento do IBOPE, realizado em setembro deste ano,  as redes sociais já são acessadas, regularmente, por 67% do total de internautas do país, e 58% o faz há mais de  três anos, principalmente os cariocas e os jovens de 20 a 24 anos. Hoje, mais de um terço dos usuários das redes acessa mais de uma vez ao dia e, em Campinas, o número chega a 48%.

Confirmando a previsão de Matos, o instituto de pesquisa aponta que essas redes foram fundamentais para a entrada das classes C, D e E na internet. O levantamento apontou o fenômeno como uma grande oportunidade para as empresas adotarem o diálogo online com os seus clientes. Além disso, foi verificado que 25% usam as redes sociais como auxílio na tomada de decisões de compra. Cerca de 20% destes internautas afirmaram que compraram um celular ou mudaram seus planos de telefonia para acessar as redes sociais com mais facilidade.

Segurança
No que diz respeito à segurança no ambiente virtual, há indicadores específicos que apontam a opinião do consumidor. O Índice e-bit / Internet Segura, realizado pelo e-bit em parceria com a camara-e.net,  atingiu  85,68% de satisfação dos clientes em outubro. O indicador, que leva em consideração dez quesitos e o percentual de satisfação, apontou: facilidade ao comprar, 93%; seleção de produtos, 90,98%; navegabilidade, 88,45%; qualidade do produto, 87,47%; política de privacidade, 87,37%; informações sobre produtos, 85,79%; manuseio e envio dos produtos, 85,35%; qualidade no atendimento, 80,69%; preços, 79,50%, e, por fim, entrega no prazo, com 78,21%.

Fonte: http://www.advivo.com.br/materia-artigo/internet-muda-padrao-de-consumo

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