12 de mai. de 2010

A América que não está na mídia

O livro A América que não está na mídia, de autoria do jornalista Mário Augusto Jakobskind, Conselheiro da ABI e secretário-geral do SPJERJ (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, será lançado em Porto Alegre e Pelotas, nos dias 12 e 13 de maio, respectivamente. A promoção é do Blog Somosandando, Coletivo Catarse e jornalistas independentes. Tem apoio do SindsprevRS, SindBancários de Pelotas, SemapiRS, Universidade Católica de Pelotas e Bancada PT na AL.

Com prefácio do jornalista Flavio Tavares e apresentação do coordenador do MST, João Pedro Stédile, além de comentário de Eduardo Galeano, A América que não está na mídia, editado pela Editora Altadena, aborda questões relativas a vários países da América Latina, geralmente não divulgadas pela mídia convencional, e discute a cobertura jornalística de um continente que está em processo de transformação. A orelha é do saudoso jornalista Fausto Wolff e a capa do cartunista Carlos Latuff.

Jakobskind, além de integrante do Conselho Editorial do jornal Brasil de Fato é correspondente do jornal uruguaio Brecha e nos últimos 25 anos tem se dedicado ao estudo da América Latina, tendo já publicado livros que versam sobre o continente, entre os quais, América Latina – Histórias de Dominação e Libertação. É editor do site Página 64, que se auto-define como “um novo espaço fora do esquema do pensamento único”.


Qual a cara do “A América que não está na mídia”?


Diria que é a cara de um continente em processo de transformação, fato e contexto ignorado pela mídia conservadora, que tenta a todo custo evitar que o tema em questão venha ganhar maiores espaços para o debate.

Esta é o segundo volume do livro. O que esta edição traz de novidade?

O certo seria dizer que se trata de um segundo volume de reflexões com fatos novos vividos em nosso continente. São sempre reflexões atemporais que podem ser lidas e debatidas em qualquer momento.

Você recentemente passou por Brasília. Lançou o site Página 64. Fale dessa outra iniciativa que participa.

Pagina 64, um jornal inicialmente de periodicidade mensal, visa contribuir para o debate sobre a nossa realidade, sempre apresentando a nossa memória. E isso com o objetivo de se entender melhor os dias atuais. Abril de 64 foi um marco, negativo mas um marco, na história brasileira. O país retrocedeu e muitas das reformas de base do governo Jango, guardando-se as devidas proporções dos tempos atuais, continuam vigentes.

A leitura e análise do período sem preconceitos e manipulações mostram claramente essa realidade.


Quem cogita assistir ao lançamento do livro em Porto Alegre ou Pelotas, deve esperar pelo quê?

O objetivo principal é debater . Quem for ao lançamento deve também estar imbuído desse espírito. Debater, participar do debate, contestar se achar que deve ou aprovar o ideário contido nas reflexões do “A América que não está na mídia”.

Pretende dar continuidade à proposta do “A América que não está na mídia”.

Possivelmente. Entendo que o tema continua vigente. Daí então...



SERVIÇO

Porto Alegre

QUARTA – 12 de maio - 19h

Avenida Lima e Silva, 280 (Semapi/ Sindicato)

PELOTAS

QUINTA – 13 de maio - 19h

Auditório Campus II UCPel

Rua Almirante Barroso, 1202

O PIG e sua idiossincrasia

O PIG tem a sua idiossincrasia quando o assunto é dinheiro público. Se o governo Yeda gasta anualmente R$ 160 milhões de reais em publicidade, a mídia guasca não condena, aliás, muitas vezes coloca seus vassalos mediáticos a fazer mais chantagem contra governos e o parlamento num claro objetivo de "sugar" mais dinheiro, garantindo uma gorda receita, numa espécie de bilhete garantido anual.

Quando o recurso público é destinado à recomposição salarial de funcionários públicos a mídia guasca abre fogo pesado e descarrega suas baterias sem piedade contra parlamentares ou qualquer governante que defenda salário digno ao funcionalismo. Aliás, grande parte desses servidores compõem uma classe media "consumidora" que é assídua ouvinte, leitora e assinante de veículos do PIG.

Fiz uma cálculo básico: se multiplicarmos R$ 160 milhões de reais x 4 anos teremos um montante de R$ 640 milhões de reais, ou seja, mais de meio bilhão que foram destinados para garantir uma plástica imagem mediática de um governo que desde o início não saiu do atoleiro de corrupção e falcatruas.