31 de mar. de 2010

Yeda tem espírito de classe

Não dá pra dizer que Yeda e seus aliados não tenham espírito de classe. Quem não se lembra do discurso do défict zero do governo Yeda, que além de insistir no tarifaço de impostos por duas vezes, e simplesmente imobilizar a máquina pública por falta de investimento, agora, faz grandes anuncios midíáticos de obras (que ainda nem sairam do papel) e até ressucitaram o terreno da Ford, numa clara tentativa de marcar posição com o PT.

A farta distribuição de gordos reajustes para os maiores salários do Estado demostra que Yeda tem lado, e não é o nosso (ahahahhaha). Ela precisa dar mais para que não precisa, aumentando o desequilíbrio ente o maior e o menor salário, Mas isso não importa, são seus aliados e assim contará com o apoio das elites .

Enquanto isso, trava-se na Assembleia uma guerra entre oposição e governo para que professores e praças da Brigada recebam valores superiores aos 8% de recomposição propostos pelo PSDB neste quatro anos de governo . Enquanto isso, roliços coroneis e outros oficiais da BM terão 19%, além de RETROATIVOS, garantido um 15º e, com certeza, um 16 º salário para quem já ganha muito. Nesse trenzinho da alegria guasca, procuradores e desembargadores abocanharam mais R$ 2.000,00 passando de 22.111,00 para 24.117,00. Juizes e promotores também tiveram um reajuste real de R$ 1500,00 elevando de R$ 16.119,00 para R$ 17.582,00.

Mas isso não atrapalha o movimento nas cocheiras do PIG guasca, que terá muitos puros-sangue no páreo nestas eleições. Eles receberão cavalares injeções de anabolizantes da mídia, tendo como único objetivo deixar o PT de fora, tanto do segundo turno para o governo quanto na vaga do Senado. O acerto foi feito !
Charge : IOTTI- ZH/31/03/2010

29 de mar. de 2010

Bonequinho da VIVO renuncia.

A figura patética de José Fogaça é, para mim, semelhante, semioticamente falando, com a imagem do boneco-propaganda da operadora VIVO. Ele não tem boca, não tem olhos, não fala, não se comunica e não ouve. Uma espécie de ameba sem rosto. 16 anos no Senado e NADA de Fogaça. 6 anos de prefeitura e NADA. Que os porto-alegrenses ganharam na megasena com a renúncia de Fogaça eu não tenho a menor dúvida, basta saber se os sabujos do PIG vão ganhar novamente as eleições com esse boneco para governador.

Porto Alegre, uma cidade genuinamente ecológica

Se tem uma coisa que os porto-alegrenses não poderão reclamar de José Fogaça é que ele, na sua incompetente gestão, não tenha se esforçado para transformar a Capital numa cidade genuinamente ecológica. Em nossas ruas e praças o mato e a capoeira já tomam conta, além disso, nossos semáforos estão sempre verdes para todos os sentidos, pois como não há póda das árvores os galhos deixam tapados e arborizados nossos sinais de trânsito.
Na chamada "Hora do Planeta" que, ocorreu neste sábado, em que a população desliga todas às luzes por uma hora,esse procedimento nem foi necessário fazer por aqui, pois a iluminação pública de nossas ruas e avenidas estão como numa floresta, ou seja, numa completa escuridão.

28 de mar. de 2010

Movimento de rádios comunitárias avança

Estive reunido ontem (7) em Seberi com lideranças do movimento de rádios comunitárias da ABRACO (Associação Brasileira de Rádios Comunitárias), e comunicadores de mais de uma dezena de rádios comunitáras da grande região de Frederico Westphalen/Palmeira das Missões.
Na pauta, o debate sobre o papel da rádiodifusão comunitária na conjuntura estadual e nacional e a importância da busca da qualificação do corpo técnico das emissoras e de uma programação de alta qualidade para o público local. A capacitação técnica regional de jovens na área comunicação (rádio, TV, Fotografia, Internet) foi um dos temas levantados no debate, assim como a participação das Universidades e do Centro Federal de Educação Tecnológica para a capacitação do setor como um todo.
Um dos pontos levantados no encontro foi a necessidade de que o movimento de rádos comunitárias construa politicamente junto ao Estado — municípios, governos Estadual e Federal, bem como instituições públicas privadas— o entendimento de que é fundamental investir parte da verba publicitária (que não é pouca) em emissoras comunitárias. Segundo os participantes a maior parte desses recursos ficam concentrados nas mãos da grande mídia. No entanto, são as pequenas emissoras comunitárias que fazem os avisos sociais, campanhas de vacinação, fomento à cultura local, é, é claro, uma boa programação musical, contando apenas com o apoio do comércio e da indústria local, sem apoio do Estado. Hoje, essas emissoras, na sua grande maioria, fazem o gosto e a preferência e da audiência de centenas de comunidades pelo interior do Rio Grande do Sul, desbancando até mesmo grande veículos de comunicação e causando o pavor nos velhos e novos coronéis das pequenas e médias cidades do interior.
A troca e o compartilhamento de informações locais, a padronização da linguagem, o uso das redes sociais virtuais, bem como a criação de meios (blogs, portais) para a divulgação de informações regionais, foram alguns dos temas discutidos no encontro. Outro assunto importante discutido foi a necessidade de representação do movimento de rádios e TVs comunitárias no Congresso Nacional e na Assembleia Legistiva. Segundo os participantes, é importante fazer frente aos grandes grupos de mídia que disputarão com seus quadros (jornalisticos-politicos) inúmeras vagas no senado e na Câmara Federal como forma de garantir representação nas duas Casas legislativas em 2011.
Participaram do encontro representantes de Alpestre, Ametista, Frederico Westphalen, Erval Seco, Caiçara, Jaboticaba, Cerro Grande, Novo Barreiro, Pinhal, Vicente Dutra, Três Palmeiras, São José das Missões e Seberi.

26 de mar. de 2010

O melhor presente de aniversário para Porto Alegre

O melhor presente de aniversário que Porto Alegre e seus habitantes receberão nos 238 de existência da cidade será a renúncia de seu prefeito, que anúncia sua saída esta semana. José Fogaça se despede e será o candidato ao goveno do Estado pelo PMDB . O atual prefeito, que na campanha prometeu manter o que estava bom e mudar o que estava ruim fez justamente ao contrário, conseguindo a proeza de piorar o que estava meia-boca e afundar o que era bom. Seus seis anos de gestão simplesmente não acrescentaram nada para a cidade, fizeram retroceder seus equipamentos públicos, o turismo, sinalização, pavimentação, iluminação, segurança, e é claro, a cultura. Ao fatiar as secretárias com diversos partidos , e seus interésses particulares, os porto-alegrenses sentiram na pele o que significa ter uma gestão que não condiz com os 238 anos de história de nossa cidade. Vida longa para Porto Alegre e seus habitantes, o melhor presente nós já ganhamos.

25 de mar. de 2010

Boinas verdes com rosto humano.

Magnífico texto do filósofo esloveno Slavoj Zizek, em artigo para o jornal El País, 24-03-2010 sobre o ganhador do Oscar, "Guerra ao terror", com sua "humanização" do soldado, evita a pergunta chave: o que o Exército norte-americano faz no Iraque? Dois filmes israelenses sobre o Líbano usam o mesmo truque. O material está no site do Instituto Humanitas Unisinos - IHU e a tradução é de Moisés Sbardelotto.

Quando "Guerra ao terror", de Kathryn Bigelow, conquistou os principais Oscars frente a "Avatar", de James Cameron, essa vitória foi percebida como um bom sinal do estado das coisas em Hollywood: uma modesta produção pensada para festivais do tipo Sundance e que, em muitos países, nem sequer havia obtido uma grande distribuição, supera claramente uma superprodução cuja brilhantez técnica não pode dissimular a plana simplicidade de seu roteiro. Então Hollywood não é só uma fábrica de grandes sucessos de bilheteria, mas também sabe apreciar esforços criativos marginais?

É possível, embora seria preciso matizar: com todas as suas mistificações, "Avatar" claramente toma partido pelos que se opõem ao complexo industrial-militar mundial, retratando o Exército da superpotência como uma força de destruição brutal ao serviço de grandes interesses industriais, enquanto "Guerra ao terror" apresenta o Exército norte-americano de um modo plenamente de acordo com sua própria imagem pública neste nosso tempo de intervenções humanitárias e de pacifismo militarista. Segue....

23 de mar. de 2010

Tarso lidera pesquisa no RS

O pré-candidato do PT ao governo do Estado, Tarso Genro, lidera pesquisa METHODUS realizada nos dias 18 e 19 de março de 2010, que ouviu 1.000 eleitores em 25 cidades do Rio Grande do Sul. Tarso Genro está com 37,1 % das intenções de voto e José Fogaça está em segundo lugar 31,4 %, fora da margem de erro. A senhora governadora Yeda lidera os índices de rejeição da gauchada com 55% .A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, sobre os resultados encontrados.A pesquisa foi registrada no TSE sob número 6211/2010.

Matadores na Capital

Nos dias 12 e 13 de abril os gaúchos terão a desagradável oportunidade de talvez cruzar com alguns matadores da economia mundial, em Porto Alegre, na 23ª edição do Fórum da Liberdade. Digo matadores porque quase mataram ecomonicamente o planeta e a América Latina. No evento, eles se regozijam com a presença do "matador", o atual presidente mundial da Renault/Nissan, Carlos Ghosn, numa "palestra especial". O CEO da Renault/Nissan falará com orgulho e pompa de como demitiu 20 mil funcionários para "enxugar custos" após a crise que eles mesmos criaram. Outras figurinhas conhecidas dos brasileiros estarão presentes: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Jorge Gerdau Johannpeter, Armínio Fraga, Pedro Moreira Salles (Itau/Unibanco), o ministro do PIG no governo Lula, Henrique Meirelles e o papeleiro chileno Eliodoro Matte, que abocanhou de barbada a fábrica de celulose da Aracruz em guaíba, a pós o desmonte do neoliberalismo. NÃO CONFIRMARAM A GOVERNADORA YEDA PARA FALAR SOBRE A EXPERIÊNCIA DO DÉFICT ZERO (AHAHAHAHAHAH)
Segundo eles, vão debater quais fatores que fazem países tão parecidos em população e cultura, como as Coreias do Norte e do Sul, serem hoje tão diferentes. Na realidade o que estará na roda é a eleição presidencial brasileira e a sucessão de Lula. Imaginem se a metade da cúpula econômica do PSDB no governo FHC vai estar no encontro, junto com os banqueiros e o PIG para discutir as Coreias (ahahahahhaha). O PAPO é DILMA, LULA e OITO ANOS.

20 de mar. de 2010

O aumento da criminalidade e a falta de políticas socias do PMDB e do governo de Yeda

Nenhuma quadrilha organizada sai explodindo bancos e assaltando carros-forte se não tivesse a certeza de que, do outro lado, a segurança pública não estivesse uma esculhambação. No entato, são os crimes comuns que assustam mais as pessoas (assaltos, sequestros-relampagos etc), e não tenho a menor dúvida, que esse tipo de crime, está relacionado diretamente com a ausência de políticas sociais. Com Rigotto no governo (PMDB) junto com seus aliados (PP, PTB, PPS, PSDB), praticamente todos os grande projetos sociais foram tirados do ar ou paralisados, e com Yeda, nem se fala mais nisso.
Podem dizer o que quiserem mas o caos na segurança pública e o aumento dos crimes comuns, estão diretamente relacionados com a falta de investimentos no social e a falta de valorização dos servidores. Citem um, mas apenas um programa social de peso de yeda ? quanto investiu na saúde nesses quatro anos e no combate à pobreza e exclusão social ? No entato, o PIG está roliço com as poupudas verbas publicitárias do Estado, e coloca a culpa da violência somente no crack. Para mim o que mata mesmo é o déficit zero de Yeda, que deixa o povo desassistido e abandonado.

19 de mar. de 2010

Sensação de Segurança, onde está ? Fala PIG

Passados oito anos do governo Olívio Dutra, a segurança pública é tratada apenas nas páginas policias e não mais como um caso de política. Lasier e o restante do PIG silenciam para o aumento da criminalide e nem sequer tem a coragem de comparar os níveis de investimento na segurança pública dos últimos três governos. O sistema carcerário gaúcho foi destruído e o tal aumento da sensação de segurança, patrocinado pelo governo Rigotto (PMDB) - que tinha na "liderança" dessa Secretaria o deputado José Otávio Germano (PP) - não passou de mais uma jogada midiática que apenas abriu as portas do inferno para o aumento do tráfico, as chacinas, bondes e outros massacres. O governo tucano de Yeda e de seus principais aliados (PMDB, PP, PTB,PPS) foi o que menos investiu na segurança pública e o que mais investiu em publicidade. Completados três anos, nossos servidores da segurança são os que menos recebem, fazendo retaguarda no fim da lista do ranking nacional dos Estados.
Agora, novamente, teremos eleições, e os gaúchos não podem mais cair no velho papo-furado de pacificação do Estado e da tal sensação de segurança pública do PMDB e do PIG. Aliás, esse partido foi o responsável pelo afundamento econômico do Estado, que por 12 anos governou e hoje é o principal aliado de Yeda, numa das piores gestores que já tivemos na saúde, educação e é claro, na segurança pública.
O assassinato da advogada Viviane Maris dos Santos em Novo Hamburgo é apenas um pequeno fragmento do que representa a falta de uma verdadeira política de segurança pública sem hipocrisias do PIG. Saudades do Bisol.

18 de mar. de 2010

Até na titulação o PIG é venenoso

Até mesmo na titulação e na mostra dos gráficos o PIG tenta maquiar a subida de Dilma nas pesquisas. O titulo de Zé H, olhando distraidamente, dá a sensação de que serra subiu: Vantagem de Serra sobre Dilma Cai para 5 pontos. Lendo de outra forma, podemos ler assim: Vantagem de Serra sobe Dilma cai. Note que a diferença entre uma e outra é apenas o R. Os caras são Filhos da PUTAAAAA.

Nos gráficos, ontem (17) , o jornal da Band finalizou com vários segundos de tela com a pergunta da pesquisa de quem conhecia os candidatos. Serra 65 , Dilma 35. Quem olha TV em restaurantes, bares, lojas, salões de beleza (sem áudio) pensa que Serra está dando banho. Os caras são muito venenosos mesmo.

17 de mar. de 2010

O fim da revista Veja By Cloaca News

Leila Fetter : Sr. Grizotti, um pouco mais de educação

A SRA. LEILA FETTER (PP) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

Saúdo a todas as pessoas que vieram acompanhar a votação dos projetos da ordem do dia.

Peço ao presidente que me ouça com extrema atenção tendo em vista o que me aconteceu há poucos minutos. Ao entrar na antessala do plenário desta Casa, fui abordada pelo jornalista Giovani Grizotti, que me disse que, no dia 4, quinta-feira, eu dera presença e havia saído do plenário.

Respondo ao jornalista dizendo que somente desta tribuna é que tenho o poder de esclarecer que realmente dei presença e saí do plenário nessa quinta-feira. Falo somente em meu nome e não dos outros 54 deputados.

O Regimento Interno desta Casa estabelece, de uma forma muito clara, que, em não havendo ordem do dia, o deputado não precisa permanecer no plenário. A grande maioria dos deputados não são de Porto Alegre, são do interior, e vêm aqui cumprir as suas ações, as suas responsabilidades, nas comissões e no plenário, na terça-feira, quarta-feira e quinta-feira.

Desde que aqui entrei, não houve, em nenhuma quinta-feira, ordem do dia para que fosse votado um projeto.

Não inventei as regras e não quero acusar ninguém aqui dentro, só quero poder dizer que a satisfação dos meus atos devo aos meus eleitores. A eles, simplesmente a eles, devo dizer o que faço e o que não faço!

Em toda a minha vida pública não permitirei jamais ser pautada por um jornalista, que aqui vem querendo desmoralizar os deputados.

Quero, jornalista Grizotti, fazer-lhe um convite: o senhor está convidado a me acompanhar uma semana inteira, das sete da manhã até a hora que for necessário, para ver exatamente o que faço aqui na Assembleia ou fora dela, o quanto trabalho com responsabilidade pelo povo do Rio Grande!

É o que fazemos aqui. Não temos hora, não temos dia. Estamos aqui não porque um ou dois querem; estamos aqui porque milhares de pessoas votaram em nós, confiaram-nos seu voto. Estamos nesta Assembleia para defender essas pessoas. É dessa forma que eu ajo, é assim que eu sou.

O senhor tenha, por favor, Sr. Grizotti, um pouco mais de educação ao abordar uma deputada, porque a forma como o fez foi muito deselegante. Eu respeito a todos, mas, da mesma forma como respeito, também quero ser respeitada.

Quero, Sr. Presidente, que a partir de hoje seja formada uma grande discussão nesta Casa para que possamos ter ordem do dia todos os dias, não somente na terça-feira, porque isso é que deixa os vazios pelos quais somos criticados. Não querem saber se saímos daqui e fomos para os nossos gabinetes trabalhar, não querem saber se saímos daqui e fomos a uma reunião lá em Santa Vitória do Palmar para atender as reivindicações da população.

Não, não querem saber!

Querem ser espertos o suficiente para difamar os deputados e deputadas que cumprem o seu dever e que aqui estão todos os dias lutando para que tenhamos um Rio Grande mais humano, mais forte, mais solidário e mais progressista. Muito obrigada. (Não revisado pela oradora.)


O SR. ALEXANDRE POSTAL (PMDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

Saúdo aqueles que nos prestigiam com sua presença nesta Casa.

Solicitei ao meu líder de bancada, deputado Gilberto Capoani, que me cedesse este espaço de liderança para dar sequência ao debate levantado pela deputada Leila Fetter, da bancada do Partido Progressista.

Esta Casa representa os 11 milhões de habitantes da população gaúcha. Ela não é perfeita, assim como nenhum de nós é perfeito na totalidade, mas é uma fotografia, um retrato daquilo que a sociedade gaúcha definiu no pleito como melhor para os próximos quatro anos, tendo ocorrido a eleição em 2006. Neste ano, em 3 de outubro, a população brasileira volta às urnas para escolher os seus parlamentos.

Pegando o gancho do assunto levantado pela deputada Leila Fetter, não fui abordado, não fui indagado por ninguém da imprensa ainda, mas, nos 16 anos que estou aqui nesta Casa como parlamentar e mais cinco como assessor de deputado, sempre que falta um assunto para encher as páginas de jornais, a mídia, o Parlamento é a vitrine escolhida. Parece que notícias boas não fazem efeito na venda, não criam expectativa, não dão notícia. É mais fácil criticar.

Sras. e Srs. Parlamentares, se voltarmos ao passado, veremos que, em todas as grandes revoluções, as ditaduras que fizeram vez e voz e imperaram em muitos países ao redor do nosso planeta aconteceram quando atacaram os parlamentos. Começam atacando por uma banalidade, por uma firula qualquer e tomam corpo. O melhor, então, é fechar o parlamento, pois, assim, calam as vozes.

Não somos perfeitos, deputada Leila Fetter. Quem sabe muitos colegas, V. Exa. e eu tenhamos mil defeitos, mas levamos à população uma ideia, um projeto, um debate, porque ela nos deu o direito de aqui representá-la.

Talvez para muitos que nos ouvem o mais importante seja votar, votar. Mas votar o quê?

As leis existentes serem cumpridas à risca não seria melhor do que estarmos aqui criando lei ou votando projetos sem nenhum efeito para a sociedade?

O que será melhor? É melhor estarmos aqui quinta-feira, às 16 horas, sentadinhos e bonitinhos escutando um colega, ou é mais importante o deputado Frederico Antunes estar em Uruguaiana à noite atendendo a um convite da CDL ou da Câmara de Indústria e Comércio?

É mais importante para a população que nos elegeu ficarmos paradinhos, sentados, na quarta-feira até às 18 horas, no horário regimental, ou é mais importante visitarmos os Municípios para discutir a falta de habitação, de saúde e de segurança?

Será que ninguém enxerga quando passamos os finais de semana viajando, atendendo ao convite daqueles que votaram em nós?

Por duas vezes, tive a oportunidade de ser presidente nacional da entidade que congrega os 1.058 deputados estaduais. Cada Estado adota o modelo de funcionamento que deseja para sua Casa Legislativa.

Quero dizer às pessoas que assistem a esta sessão que se a Casa Legislativa do povo gaúcho votasse um projeto ao ano, que é o projeto de lei orçamentária, o orçamento para o ano seguinte, já seria suficiente para o Parlamento dizer, com altivez, que fez o melhor para a sua população. Esse é o projeto importante.

Tive oportunidade de visitar parlamentos importantes. No Canadá, por exemplo, o parlamento de alguns Estados se reúne três meses por ano. Outros parlamentos pelo mundo se reúnem seis meses por ano. Não há necessidade de ficar o ano inteiro reunido se não há o que debater.

Estamos passando por um período de transformações. A sociedade brasileira já aprendeu a votar, deputada Leila Fetter. Todo dia estamos votando e no ano seguinte também vamos votar.

Não há mais o problema de falta de liberdade. Querer fazer juízo daquilo que está na consciência de cada parlamentar, de poder retribuir, de fazer o seu trabalho, de enfrentar as urnas, não é admissível. Cabe a cada parlamentar angariar do seu modo e do seu jeito os votos para continuar nesta Casa.

Faço um desafio àqueles que acham que não fizemos nada ou que fizemos pouco: filiem-se a um partido político e coloquem-se no embate da busca do voto para terem representação, para chegarem a esta Casa.

A imprensa tem de ser livre, tem de ter autonomia total, mas que não atue em cima do nosso trabalho, pois cada parlamentar tem a sua consciência. Que não use a pauta para tentar denegrir esta Casa Legislativa, que representa o povo, a sociedade gaúcha.

Parabéns, deputada Leila Fetter! Que tenhamos a coragem de enfrentar o debate e não tentemos escapar porque a imprensa está em cima de nós para tentar nos policiar. Obrigado. (Não revisado pelo orador.)

16 de mar. de 2010

Imprensa Marron ataca deputado



O deputado Dionilso Marcon (PT) criticou, na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16), a conduta do jornalista Giovani Grizotti, da RBS. “Este jornalista tem se prestado ao papel de perseguir os movimentos sociais e os parlamentares. Faz isso com os sem terra, com as trabalhadoras rurais, com os caminhoneiros e, agora, com os deputados”, afirmou.Marcon foi abordado na entrada do plenário pelo jornalista, que queria saber por que o parlamentar deu presença na sessão da última quinta-feira e se retirou. “Como não havia votação, registrei a presença e fui para uma reunião no plenarinho com mais de trinta entidades. O trabalho parlamentar não se dá só na hora das votações. Trabalhamos dentro e fora da Assembleia”, explicou o petista.Segundo Marcon, a abordagem feita por Grizotti foi agressiva e desrespeitosa. “Sofri uma agressão moral, que reflete preconceito deste jornalista com os mandatos parlamentares”, assinalouA mesma cobrança foi feita pelo jornalista a outros deputados. A deputada Leila Fetter (PP) e o deputado Alexandre Postal (PMDB) também usaram a tribuna para criticar a postura do jornalista.

Sim ! trabalho escravo no RS

Apesar de Zé H tratar o tema como "trabalho degradante", o que os fiscais do Ministério do Trabalho descobriram no dia 6 de março foi puro trabalho escravo no Rio Grande do Sul. O grupo veio do Maranhão e trabalhava em regime de escravidão numa fazenda em Bom Jesus, nos Campos de Cima da Serra. Os trabalhadores submetiam-se a um acordo pelo qual não tinham o vínculo registrado em carteira e eram pagos pela intermediária, que ficava com cerca de 30% do que cobrava do produtor. Os agricultres dormiam no chão, sem banheiro e sem refeitório e provavelmente seriam descartados em alguma periferia de uma grande cidade.
O PIG não fala em trabalho escravo porque isso estimula a idéia de que toda a propriedade que possui trabalho escravo deveria ser desapropriada para fins de reforma agrária. Aliás, lei que ainda o Congresso não votou por temer a desapropriação de centenas de fazendas de multinacionais , pois essa situação é mais comum do que nó pensamos, tanto aqui quanto no resto do Brasil.
Não adianta o fazendeiro regularizar a situação dos trabalhadores, pagar verbas rescisórias e assegurar condições de retorno do grupo ao seu local de origem. Precisa ser punido pela perda de suas terras pela prática nojenta da escravidão, que na lei foi abolida a mais de 100 anos, mas que na prática aumenta a cada ano no Brasil, estimulada pela concentração de terras nas mãos do agronegócio e das multinacionais.
Estive recentemente na Serra gaúcha e pude comprovar a diferença de tratamento com os trabalhadores safristas. Lá, na vindima, os trabalhadores são tratados dignamente, com uma boa diária, alojamento e boa alimentação. E não é raro que o dono da propriedade almoce ou jante com os trabalhadores. Parte desses safristas são oriundos da empobrecida fronteira gaúcha, local com a maior concetração de terras improdutivas do país, ao contrário da serra gaúcha, que já fez sua reforma agrária há 100 anos.

15 de mar. de 2010

Collares tem razão

O ex-governador Alceu Collares tem razão ao afirmar que os governos do PMDB (Pedro Simon, Antônio Britto e Germano Rigotto) alcaçaram ,se somandos juntos, um crescimento de meros 6% do produto interno bruto do Estado. Collares defende uma aliança com o PT e cutuca a gestão de Fogaça na prefeitura de Porto Alegre. O ex-governador afirmou que se Porto Alegre está virada em buracos não é por falta de sorte. é por incompetência mesmo,, ou as duas coisas ao mesmo tempo (ahahahahha)
Aliás, coincidentemente, é somente antes das eleições que as máquinas da prefeitura de Porto Alegre voltam às ruas da cidade. De qualquer forma o lixo ainda é um problema crônico na cidade e há rua periféricas da Capital que se trasformaram em verdadeiros depósitos de entulhos e de lixo.
Me desculpem quem votou no Fogaça nas últimas eleições, mas o cara é uma AMEBA. Um prefeito que nunca participou da vida da cidade, que viveu escondido na prefeitura , que não emitiu uma opinião sobre nada que afetasse a vida dos porto-alegrenses (lixo, buracos,alagamentos), que não propôs nada de novidade sobre o que ja tinha sido feito por outras gestões e que durante 16 anos como senador, nunca fez nada pelo Rio Grande do Sul. Para mim ele não merece o voto dos gaúchos.

14 de mar. de 2010

Instituto Millenium: A Conferência de Comunicação particular da direita

Escrito por Gilberto Maringoni - 04-Mar-2010

"O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) é totalitário", "o stalinismo predomina no PT", "temos de ir para a ofensiva", "Vamos acabar com essa história de ouvir o outro lado na imprensa", "governo cínico, cínico, cínico!", "democracia não é só eleição". Frases assim, proclamadas com ênfase quase raivosa, deram o tom no Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado na segunda (01/03), em São Paulo.

O evento, promovido pelo Instituto Millenium, foi uma espécie de Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) particular da direita brasileira, facção grande mídia. Revezaram-se nos microfones convidados internacionais, donos de conglomerados e seus funcionários de confiança. Fala-se aqui da Editora Abril, da Rede Globo, da Rede Brasil Sul (RBS), da Folha de S. Paulo, do Estado de S. Paulo e agregados.

Como se sabe, tais setores resolveram boicotar a I Confecom, um processo democrático ocorrido em todos os estados da Federação, que culminou em uma etapa nacional, realizada em dezembro último. Presentes nesta, cerca de 1300 delegados, entre empresários, movimentos sociais e governo. O total de pessoas envolvidas em suas fases regionais envolveu cerca de 12 mil participantes.

Terceirizando a bílis
Pois o Instituto Millenium fez seu convescote para cerca de 180 participantes. Eram empresários, jornalistas e interessados, que desembolsaram R$ 500 cada um, por um dia de atividades. Na mira dos palestrantes, os governos de centro esquerda da América Latina, os movimentos sociais, o governo Lula e o PNDH. As intervenções mais moderadas foram as de Roberto Civita (Abril) e de Otávio Frias Filho (Folha), que buscaram, de certa forma, situar seus interesses na cena política.

Externam o que se espera de proprietários de monopólios. Defendem a livre iniciativa de "investidas antidemocráticas como o controle social da mídia" e "menos legislação para o setor", no dizer de Civita. Roberto Irineu Marinho (Globo) foi ainda mais discreto. Ficou na platéia e fez uma única pergunta por escrito ao longo de todo o dia. Mantêm uma certa linha. Os três resolveram terceirizar a artilharia pesada para seus empregados, que fizeram uma verdadeira competição para ver quem seria o Carlos Lacerda (1914-1977) da Nova Era.

O ex-governador da Guanabara, como se sabe, se notabilizou entre o final dos anos 1950 e início da década seguinte como o mais notável agitador, na TV e no rádio, em favor do golpe de 1964. Dono de uma retórica incendiária, Lacerda intimidava adversários e aglutinava seguidores para a derrubada do presidente João Goulart.

Nessa toada, os conferencistas tiveram a inusitada ajuda do Ministro das Comunicações Helio Costa e do deputado Antonio Palocci (PT), como se verá adiante.

Visão particular da História
A primeira mesa trouxe três convidados externos, o argentino Adrian Ventura (La Nación), o âncora da televisão equatoriana Carlos Vera (Ecuavisa) e o venezuelano Marcel Granier (dono da RCTV, cuja concessão não foi renovada em 2007).

Arrogante e inflamado, Vera afirmou que em seu país "não existe liberdade de expressão". Reclamou que seu canal de TV não recebe mais publicidade estatal e acusou o presidente Rafael Correa – "um ditador" - de ter sido eleito "por prostitutas".

Já Marcel Granier foi saudado como uma espécie de símbolo da luta pela liberdade de imprensa pelo apresentador Marcelo Rech, diretor da RBS. O proprietário da rede venezuelana denuncia "o autoritarismo do governo Hugo Chávez". Desfia o que diz serem provocações, intimidações e a certa altura, de passagem, fala da "renúncia" de Chávez. Em nenhum momento menciona o golpe de Estado de 2002 e o papel da grande mídia de seu país. Parece que toda a tensão em seu país nasceu por geração espontânea. Uma visão particular da História, sem dúvida.

Granier e seus colegas de mesa não deixam de deplorar a existência de aliados dos tais governos ditatoriais entre os empresários da mídia. Aliados, não. "Cúmplices", sublinha o mediador Rech, com anuência dos convidados.

De costas para o governo
Logo após a mesa inicial, chega o convidado mais aguardado da manhã chuvosa, o ministro das Comunicações Hélio Costa. Com seu inimitável penteado, o membro do governo falou o que a "seleta platéia", conforme sua expressão, queria ouvir. Buscou esvaziar a Confecom de qualquer significado maior. "Através de três ministros, Luís Dulci, Franklin Martins e eu, o governo foi unânime em decidir que em hipótese alguma se aceitará algum tipo de controle social da mídia". E enfatizou: "Isso não foi, não é e não será discutido", enfatiza para gáudio da maioria dos presentes. Genial. O membro do primeiro escalão confraterniza-se com os que deploram seu governo como marcado por tendências discricionárias.

Libelu e Rolando Lero
A terceira mesa, intitulada "Ameaças à democracia no Brasil" foi a mais trepidante de todas. Contou com Demétrio Magnoli, o Gustavo Corção da Libelu, Denis Rosenfeld, o Rolando Lero na filosofia gaúcha, e Amauri de Souza, sociólogo. Na mediação, Tonico Ferreira (Globo).
Ferreira é mais um daqueles que um dia foram de esquerda e transitaram alegremente para a outra ponta do espectro político sem culpas. Chefe de redação do semanário Movimento, no final dos anos 1970, Ferreira, de saída, denuncia o caráter autoritário da lei eleitoral. "É censura", diz ele, antes de passar a palavra a Magnoli.

Este não perde tempo. Logo faz um apanhado da história do PT e dispara: "A relação do partido com a democracia é ambígua. Juntamente com o PSOL, apoiou o fechamento da RCTV". Acusa a agremiação de Lula de fazer uma volta atrás em seu ideário democrático. "Retomaram a idéia autoritária de partido dirigente e de democracia burguesa", sentencia. E logo completa: "Este movimento, de restauração stalinista, é reforçado pela emergência do chavismo e do apoio a Cuba". Na platéia uma senhora murmura: "Que vergonha, nosso governo apoiar isso".

O risco, para Magnoli, é um possível governo Dilma, supostamente mais subordinado ao PT do que a gestão Lula. O fim das ameaças, para ele, só acontecerá "com a vitória da oposição". Bingo! E culmina: "Não somos Venezuela e Cuba! Temos de falar que nós somos diferentes!".
Aplausos entusiasmados.

Rosenfeld vai pela mesma toada, mas busca elaborar uma "pensata" sobre o "corpo e o espírito do capitalismo". Segundo ele, o corpo vai muito bem. "Os grupos econômicos ganharam muito dinheiro nesses oito anos". O problema é o espírito, "os bens intangíveis", revela o filósofo. A base material é garantida pelo governo, nas palavras de Rosenfeld, "as metas de inflação, a autonomia operacional do Banco Central e o superávit fiscal" mostrariam um rumo seguro. Mas o espírito está sendo minado, alerta. Esse ectoplasma é "a liberdade de expressão" que estaria ameaçada. E enumera os problemas, numa tediosa repetição: "O PNDH, o MST, a questão dos quilombolas" etc. etc. etc.

A sutileza do sr. Basile
O seminário foi sumamente repetitivo, diga-se de passagem. No período da tarde, os previsíveis Arnaldo Jabor, Carlos Alberto di Franco (Opus Dei) e Sidnei Basile (diretor da Abril) tentaram dar novas roupagens ao samba de uma nota só do evento. Basile, sob o olhar atento de Roberto Civita, seu patrão, defende um regime de auto-regulação para a imprensa. "Algo semelhante ao Conar" (Conselho de Auto-regulamentação Publicitária), formado pelas próprias agências, ao invés de uma lei para o setor.

A proposta é ensandecida. Se aplicada a toda a sociedade, com cada um supervisionando seu próprio setor, o mundo seria uma graça. Um exemplo. Não haveria mais leis de trânsito, sinais, placas, mão e contramão. Os motoristas se reuniriam e fariam um código de auto-regulação. Se os pedestres reclamarem, basta acusá-los de tentar bloquear um dos mais sagrados direitos, o de ir e vir dos motorizados. Todos se auto-regulariam e chegaríamos ao reino encantado de Basile.

No meio de seu delírio anarquista, o executivo, sempre observado pelo patrão, acusou a convocação da Confecom por parte do presidente da República como um ato "cínico e hipócrita". Adendou: "Um conto do vigário". Basile é de uma sutileza a toda prova.
Jabor, que aparentemente não preparou intervenção alguma, repetiu jaborices pelos cotovelos. Populismo autoritário, jacobinos, bolcheviques e quejandos formam o mundo a ser vencido. Homem experiente que é, contou mais uma vez já ter sido comunista. E disparou diatribes a granel. Impossível não lembrar de uma impagável frase do escritor paulistano Marcos Rey (1925-1999). Este dizia não gostar de dois tipos de gente, ex-comunistas e ex-fumantes, "porque ambos são metidos a dar conselhos".

Reinaldos Azevedos às mancheias
A quarta mesa – "Liberdade de expressão e Estado democrático de direito" – contou com a participação de três luminares: Reinaldo Azevedo (Veja), Marcelo Madureira (Casseta) e o Dr. Roberto Romano (Unicamp), os dois últimos tentando ver quem era mais Reinaldo Azevedo que o próprio Reinaldo Azevedo.

O citado é um fenômeno da Natureza. Um criador de personagens. É uma espécie de Walt Disney de si próprio. Disney inventou o Mickey, o Pato Donald, o Pateta e uma plêiade de figuras inesquecíveis. Reinaldo Azevedo criou Reinaldo Azevedo. "Sou de direita!", avisa de saída. "A imprensa tem que acabar com o isentismo e o outroladismo, essa história de dar o mesmo espaço a todos".

Madureira foi mais um a alardear sua condição de ex-comunista. Fez piadinhas, embora não se saiba se seu cachê incluía chistes e gags. Atacou tendências autoritárias e "recadinhos" oficiais. "O governo pressiona os editores com os anúncios da Petrobras e do Banco do Brasil. Isso é censura!" Com a presença do patrão na platéia, logo sublinhou: "A Globo não nos censura".
Mas o humorista da tarde foi o Dr. Roberto Romano. Este revelou ao mundo uma nova teoria, que vai pegar. É sobre a militância. Atenção: "O partido de militantes causa a corrosão do caráter". Guardem essa! Depois de ‘A corrosão do caráter’, de Richard Sennet, que fala dos vínculos trabalhistas e sociais tênues e sua influência no comportamento humano, um livro sério, o Dr. Romano vem com sua versão pândega. E explica: "No partido de militância não tem mais jornalista, médico e nem nada. Tem o militante que se reporta ao chefe". Isso, para as muitas luzes do Dr. Romano, corrói o caráter. Olha lá, Brasil! A partir de agora, só se falará em outra coisa!

As pesquisas científicas do Dr. Romano o levaram a constatar, além de tudo, que "90% das ONGs são totalitárias". Como o mediador William Waack prometeu publicar a fala original do Dr. Romano no site do Instituto Millenium, o mundo aguarda ansioso as fontes empíricas de tão bombástica revelação.

No fim de tudo, na última palestra, o deputado Antonio Pallocci veio confraternizar com aqueles que malharam sem dó seu partido e o governo que integrou até há poucos anos. Para agradar, também criticou o PNDH, no que foi cumprimentado ao final.

Tendências não democráticas
O Fórum do Instituto Millenium, apesar de seu tom folclórico, não é engraçado. Embora seja um direito democrático a organização de toda e qualquer facção política, é forçoso reconhecer que estas nada têm de democráticas ou plurais. Buscam se articular justamente para evitar reformas democratizantes no país e no setor de comunicação.

Um ponto positivo é dado pela seguinte constatação: os monopólios de mídia se desgastaram com o boicote à Confecom. O tema da democratização da comunicação entrou na agenda nacional com força. O seminário é uma gritaria da direita. Sem problemas. O duro é buscarem afirmar seus interesses contra a vontade e as necessidades da maioria da população.

Agradecimento
Este obscuro jornalista agradece sinceramente ao Dr. Roberto Romano pela menção ao texto "Instituto Millenium: toda a democracia que o dinheiro pode comprar!" (http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4546/), feita no calor de suas vibrantes intervenções. Apesar de ele ter recomendado às pessoas taparem o nariz para lê-lo, só posso ficar envaidecido com tão ilustre recomendação.

Gilberto Maringoni é jornalista.

Tratar a mídia como se partido de oposição fosse

Posso assegurar que durante a semana algum instituto de pesquisas vai lançar novos números da corrida presidêncial. Por isso o desespero dos reacionários da grande mídia é tanto, que nem mais se preocupam com jornalismo, idoneidade e com a ética. Precisam golpear, golpear, golpear para levantar Serra. Os ataques de Veja ao PT mostram que o governo Lula deve tratar o grupo Abril como se partido político de oposição fosse, sem reservas, sem meias palavras. E dessa forma também devemos tratar todo o grupo de mídia que tenta alinhar a Veja e sua nojenta e escamoteada posição política pró-tucanos. Esta eleição significa muito para o futuro dos brasileiros e não sou contra que uma rede de comunicação tenha sua preferência política, é do jogo. Mas se esconder atrás do jornalismo para maquiar suas opinião é nojento. Na minha opinião em 2010 os brasileiros vão escolher entre voltar ao passado com FHC e Serra ou caminhar para o futuro, com Lula e Dilma. O povo democraticamente irá escolher, apesar da mídia golpista.

13 de mar. de 2010

Na balada com Moby

A bancada do PIG

Com a entrada oficial na disputa eleitoral em 2010, o PIG guasca coloca a disposição dos eleitores (ahahaha) os seus "melhores" quadros, de olho em duas cadeiras na Câmara Federal. Afonso Motta, filiado ao PDT, foi o primeiro a declarar sua pré-candidatura e a fazer pré-campanha (ahahahha) aparecendo em jornais do interior, posando em fotos com lideranças regionais do partido. Também apareceu de repente (ahahahha), na coluna de artigos de Zé H falando sobre a galáxia, o mundo, o agronegócio etc.
Outro quadro político do PIG guasca que se lança ao Congresso é a colunista Ana Amélia, que mesmo filiada ao Partido Progressita desde outubro, continuava a escrever sua coluna como se partido não tivesse. Ardorosa defensora do agronegócio, Ana Amélia sempre teve posição política contra os movimentos sociais, bombando os quadros políticos do agronegócio e nacional. Sua pauta preferida era dar voz a quem pudesse atacar o PT e o governo Lula, sempre dando generosos espaços a velhos conhecidos: Agripino Maia (DEM), Katia Abreu (DEM), ACM neto (DEM), além da turma dos demos de Brasília. Também sempre foi dado generosos espaços do "canhão", como eles mesmos gostam de falar sobre suas emissoras, a uma grande lista de tucanos de alta plumagem.
O PIG guasca sempre teve inúmeros quadros na Assembleia e no Congresso e até já elegeu governador (ahahahah), no entanto, eles sabem que com o avanço da universalização da comunicação, os seus superpoderes estão enfraquecidos devido o efeito da kriptonita chamada internet.
Ao ter que deixar claras suas posições políticas, ou assisistir pela internet o desmascaramento de suas versões tendenciosas e recheadas de interésses, o PIG precisa reforçar seus quadros em Brasília, pois, passadas as eleições, o Congresso Nacional será o grande palco de votações importantes, e que podem mudar para melhor ou para pior o Brasil.
Mesmo assim o PIG concentra nas mãos muitos poderes, suficente para influenciar setores da classe média e eleger em 2010 uma bancada capaz de garantir a sustentação de seus interesses (que não são os da população) e manter o status atual por pelo menos mais 20 anos.

Os reais interésses do PIG

Chega ser engraçado e já está no imaginário popular que quando se aproximam as eleições o PIG ataca o PT de tudo quanto é lado para bombar seus aliados tucanos. Ontem, por exemplo, o Jornal Nacional dedicou precisosos 5 minutos para se debruçar sobre o tal caso Bancoop e colocar o PT dentro do rolo jurídico da cooperativa.

O caso nunca teve relevância nacional, mas foi só o PT anunciar o nome de João Vaccari Neto como o novo tesoureiro do PT nacional no 4º Congresso petista em Brasília, que a maioria dos dirigentes petistas já sabiam que o nome do tesoureiro estamparia as páginas dos jornais.

A Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo - Bancoop foi criada em 1997 (Bancoop) com o objetivo de garantir o sonho de todo o trabalhador, ou seja, a casa própria. Quem faz parte de uma cooperativa habitacional sabe das dificuldades, agruras e fantasias que muitos de seus associados vivem, além é claro, do atraso e do não pagamento de suas cotas.

Lembro que naquele ano muitas empresas e incorporadoras do sul do país quebraram devido a crise econômica, má gestão e é claro, desvios de recursos. Em 1999, uma velha conhecida dos gaúchos, a Encol, faliu, deixando mais de 42 mil mutuários sem ver a cor de seus imóveis, além de deixar um rastro de desemprego no setor da construção civil na ordem de 15 mil postos de trabalho. A construtora também deixou um rombo financeiro de de R$ 2,3 bilhões de reais nos bancos, na maioria públicos. Em 2003, a massa falida da Encol entrou com Medida Cautelar para bloquear os bens dos 38 ex-diretores da empresa, de modo a garantir o pagamento de indenizações aos mutuários. A saber: ontem o STJ desbloqueou os bens de Miguel Ferreira Tartuce, um dos ex-diretores da Encol, A decisão é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que acompanhou a divergência inaugurada pela ministra Nancy Andrighi. (o PIG nem comentou o assunto)

Citei o caso Encol para fazer uma pequena comparação do real interesse que o PIG tem nessas eleições e em colocar o caso Bancoop nas costas do PT. O PIG vai lutar para derrotar Dilma e fazer voltar a vanguarda do atraso com FHC, Serra e Yeda etc. (imaginem essa senhora de ministra). O certo é que o caso serve como uma luva para alimentar o PIG e tirar de foco os alagamentos em São Paulo ou esconder os gatunos ligados aos DEMOS de Brasília (até o Demo Agripino Maia falou no JN ontem) , os mesmos DEMOS que até bem pouco tempo desfilavam com os tucanos Serra e Yeda nos salões acarpetados de Brasília.

Recomendo a leitura sobre o tema na revista Carta Capital desta semana (13) que trás uma importante e reveladora reportagem sobre o assunto, e mostra que a articulação do suposto "escândalo" passa pelas cabeças pensantes da mídia e do PSDB paulista.

12 de mar. de 2010

Sem direito de defesa

O comando-geral da Brigada Militar reclama do relatório anual elaborado pelo Departamento de Estado norte-americano que aponta o assassinato do agricultor sem-terra Elton Brum da Silva como um dos casos de violações de direitos humanos no mundo. Elton foi assassinado pelas costas (foto), com um tiro de arma de grosso calibre durante a desocupação da fazenda Southal, em São Gabriel, ocorrida em agosto de 2009. O mesmo relatório aponta que os comandantes da operação obrigaram os agricultores a ficarem sentados com as mãos atrás do pescoço durante horas, alguns em cima de formigueiros, além de crianças pisoteadas por cavalos ou queimadas por estilhaços de bombas. O comandante-geral da corporação, coronel João Carlos Trindade, afirmou que não teve o direito de defesa e de dar a sua versão da história (ahahahhahahaha)
Se ele não teve o direito, imaginem o o agricultor assassinado. Quem sabe se na versão do comando da BM o agricultor morto teria pedido para que o assassino lhe atirasse pelas costas ? Aliás, o assassino ficou escondido pela BM durante 33 dias e nunca se puniu os oficiais que autorizaram o uso de balas de verdade na operação. Nesse caso, lembro bem, que o comandante da operação afirmou para o Zé H que a desocupação estava demorando porque o "serviço" teria de ser bem feito. A promotora de justiça local era outra que deveria ser exonerada do cargo para o bem do serviço público, pois após a execução a promotora afirmou à mídia que o tal "serviço" foi extremamente profissional. Esse é o governo do déficit Zero, zero de caráter, assim como suas elites.

10 de mar. de 2010

Câmera cega ? eu já sabia !

Não consigo entender como uma cidade do tamanho de Porto Alegre não consegue manter suas câmeras de segurança em funcionamento. O município de São Leopoldo, por exemplo, possui quase o dobro desses equipamentos em pleno vapor. Hoje, esse tipo de equipamento, é quase um item de primeira necessidade nas grandess cidades, tanto para monitorar o trânsito quanto para fazer a segurança em metrôs, estações rodoviárias, shoppings e é claro, nas ruas.
Relatei nesse espaço que no ano passado o veículo de um colega foi furtado em plena Praça da Matriz, sob os olhos da deusa Themis (em frente ao TJ) e na cara de uma inútil câmera cega. Segundo ele, ninguém viu nada e o equipamento estava desligado. O resultado foi que seu veículo foi depenado e abandonado na zona leste da cidade.
Tanto Fogaça quanto Yeda lavam as mãos no quesito segurança pública, e no caso de Fogaça não adianta o prefeito posar para foto diante do Monumento do Expedicionário cumprimentando policiais uma semana após o tiroteio entre gangues na redenção que vitimou um adolescente para fazer a população voltar a circular com tranquilidade no parque, se Yeda, sua parceira de governo, não coloca policiais onde eles deveriam estar.
Infelizmente, no Rio Grande do Sul, a política de segurança pública não existe, e no caso da Capital, a falta de manutenção em câmeras de segurança deve ser de responsabilidade tanto da prefeitura quanto do governo do Estado. Aliás, não adianta Fogaça e de Yeda fazerem jogo de empurra-empurra pois são eles os gestores, infelizmente.

8 de mar. de 2010

Prédios chiques também têm bandidos


Na inauguração de obras na comunidade da Rocinha, Lula afirmou que bandidos não se escondem apenas nas comunidade carentes, mas também em "prédios chiques" da cidade.
— Na Rocinha deve ter algum bandido. No Pavão-Pavãozinho deve ter algum bandido. No Complexo do Alemão deve ter. Mas quem é que disse que naqueles prédios chiques em Copacabana não tem? Quem é que disse que não tem em outros lugares mais importantes?
Se a inauguração fosse aqui, tenho certeza que o poderíamos incluir outras edificações mais nobres do entorno do centro da Capital (aHAHAHAHHAA)

Alinhamento à direta: PIG ataca o PT e Dilma

O ataque orquestrado do PIG ao PT não poderia ter outra origem a não ser o da revista Veja. Aliás, publicação que, na condição de jornalista, eu já não tenho como referência há muitos anos. Mas a origem desses ataques são muito mais profundas, organizadas e sofiscadamente arquitetadas. Além do ranço conservador ideológico, o PIG quer alinhar suas forças conservadoras para tentar barrar a possibilidade de vitória da ministra Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. A base desses ataques está no 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium.

Um velho conhecido dos nossos pagos, o filósofo Denis Rosenfield, participante desse encontro, desferiu um violento ataque ao PT:“a idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista..."

Os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão afirmaram que ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.

Arnaldo Jabor, outro participante do evento, disparou: “minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração de infinitas formigas neste país. Jabor vai mais longe com sua verborragia ideológica de direita conservadora atrasada: “então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.
Portanto, não esperem boa coisa do PIG nos próximos meses.

7 de mar. de 2010

Tarso Genro comemora aniversário com a militância

Tarso Genro, pré-candidato do PT ao governo do Estado, comemorou seus 63 anos, recebendo um bela homenagem e uma grande festa de aniversário da militância petista da serra gaúcha neste sábado (06). Recepcionado pelo prefeito de Garibaldi, Cirano Cisilotto (PT), Tarso foi recebido com uma salva de aplausos de mais de 600 convidados. Deputados, prefeitos, vereadores, e lideranças políticas de diversos partidos participaram do evento. O ex-ministro transmitiu uma mensagem do presidente Lula para a militância. Segundo Tarso, em seu último despacho com Lula, o presidente afirmou que estará presente na campanha do Rio Grande do Sul, e que a militância não se preocupe com que a imprensa veicula sobre os chamados dois palanques de Dilma. Além da grande festa e de um bolo de aniversário, Tarso recebeu de presente uma cesta de produtos ecológicos dos produtores de Garibaldi e uma bela garrafa de espumante Brut.

5 de mar. de 2010

Assalto à gaúcha

Assaltantes de bancos estão aplicando uma nova modalidade de ataque no RS. Eles entram nas agências, geralmente à noite, e explodem a agência com tudo dentro, gerando pavor na população local. Nesta madrugada foi a vez da agência do Banco do Brasil da cidade de Don Feliciano sofrer esse tipo de ataque. Em menos de uma semana já foram dois casos (Dois Lageados foi o primeiro). Pelo visto a inteligência da Secretária de Segurança Pública do Estado foi transferida para o novo departamento de pesquisa e consulta da BM, que está mais preocupada em avalizar junto à tropa o aumento de 19% para os oficiais do que fazer segurança pública.

4 de mar. de 2010

O consultador de Yeda

O comando da Brigada Militar mudou o foco do trabalho da corporação. Como o governo Yeda afirma que a segurança pública está a mil maravilhas no Rio Grande (aahahahahha), a BM tira o foco do combate a criminalidade e do policiamento ostensivo e entra de corpo e alma no ramo da consultoria e opinião para tentar fazer aprovar o pacote de Yeda para a categoria na Assembleia Legislativa do Estado.
Por ordem do comandante-geral da corporação, João Carlos Trindade, os policiais militares são convidados a responder uma consulta "não obrigatória" (ahahahha) para saber o que a tropa está pensando sobre o pacotaço de Yeda. Trindade exige que os PMs se posicionem, marcando “aceita” ou “declina” .
Segundo a ABAMF - Associações de Servidores de Nível Médio da BM, o questionário funciona como intimidação para que os oficiais possam convencer os deputados a votarem o projeto que concede 19,90% somente para os oficiais superiores. Segundo a entidade, enquanto os praças receberão apenas 9,1%, a partir de março de 2010, os salários dos majores, tenentes-coronéis e coronéis receberão 19,90% retroativo a março de 2009.
A entidade entende que o comandante-geral tenta desautorizar as entidades dos servidores, numa atitude anti-democrática. A ABAMF e a ASSTBM irão denunciar o caso à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos e levarão a questão ao Ministério Público.

3 de mar. de 2010

Eliseu Santos afirmou na PF que teria matado

Eliseu Santos afirmou em depoimento à Policia Federal, um dia antes de morrer, que já teria matado um homem e que precisava renovar o porte de arma. O sinistro nisso tudo é que ninguém sabia desse fato, nem a Policia Civil, e não há registro do acontecido. A Policia Federal não deu detalhes e nem afirmou se a morte dessa pessoa tem relação com o assassinato ou com o desvio de R$ 9 milhões de reais da prefeitura de Porto Alegre. O delegado da Policia Civil, Ranolfo Vieira Junior, que investiga o caso, disse que nada consta nos resgistros policiais sobre o episódio.
Se Eliseu Santos afirmou em depoimento na PF que já teria matado um homem (quem seria ?), e a Federal investiga seu envolvimento no desvio de recursos públicos da Prefeitura de Porto Alegre, então, estamos diante de um caso muito cabeludo. A Famiglia deve estar apreensiva !

2 de mar. de 2010

Buemba !!!!

Achei que era piada do macaco Simão esta história de bomba no Túnel da Conceição. Só no Iraque e no Afeganistão que se têm notícia desse tipo de artefato. Explosão mesmo é da violência, que além da criminalidade comum, também explode agências bancárias no interior do Estado deixando cidades inteiras em estado de pavor.
Amanhã o PIG guasca vai dar na capa para o caso da BOMBA FALSA, e o caso Eliseu começa lentamente e silenciosamente a desaparer das páginas dos jornais. Nada como uma falsa bomba para desviar o foco do assassinato do ex-secretário da saúde Eliseu Santos. Pela experiência, jogo uma banana (dinamite ? ahahah) que se fosse latrocínio, os assassinos já estavam na capa de jornal desta terça-feira. Quem conhece o meio policial sabe que a policia conhece bem os personagens desse tipo de crime.

Morre o jovem atingido por bala perdida na Redenção

Gabriel Medina Marques, o jovem que levou um tiro na cabeça durante um enfrentamento entre gangues de adolescentes, domingo à tarde, no Parque da Redenção, foi vítima de bala perdida. A mãe do jovem está desesperada. A bala que atingiu Gabriel, que morreu ontem no Hospital de Pronto Socorro (HPS), poderia ter atingido qualquer um que estivesse por lá na hora do confronto.
Gostaria de ouvir os arautos do PIG guasca sobre esse episiódio. Zero Hora nem sequer faz questão de ouvir e de cobrar da Secretaria de Segurança Pública alguma explicação para a falta de policiamento e de "inteligência" sobre o tema. O governo passou de lombo liso mesmo, sem cobranças, bem chapa branca. O editorial de Zé H "Exibicionismo e terror no parque" passa a mão na cabeça dos órgãos de segurança, dá um cobrada de leve e alerta para que eles fiquem atentos para uma próxima oportunidade. PIADA!
Enquanto isso, Yeda gasta milhões de reais em propaganda afirmando que a segurança pública melhorou 151 %. Sobre essa pesquisa afirmo categoricamente que ela não reflete a realidade. Aliás, escrevi sobre ela num post anterior.

1 de mar. de 2010

Tiroteio na redenção

Onde está, se é que existe, a tal inteligência da Secretária da Segurança Pública do Estado no caso do enfrentamento de gangues em pleno Parque da Redenção ? O certo é que o chamado déficit zero do governo Yeda (PSDB) desmontou a área da segurança pública do RS. No caso da Redenção, para se livrar desse pepino, já querem colocar a responsabilidade do ocorrido no colo da guarda-civil do município, que tem apenas como responsabilidade a guarda do patrimônio público do município de Porto Alegre. Mas isso é apenas a ponta do iceberg.
Quem lê atentamente as pequenas notas da editoria de polícia do PIG guasca identifica o banho de sangue que há no Estado. Durante os finais de semana é comum que mais de uma dúzia de pessoas morram vítimas de armas de fogo. Os motivos são os mais diversos, mas o certo é que não há política de segurança pública no Estado.
Durante todo o período do governo Yeda, a base dos servidores da Policia Civil e da Brigada Militar não receberam nenhuma recomposição salarial. Se considerarmos que a inflação brasileira é de 6% ao ano, então, esses servidores, deveriam receber no mínimo 24% de reajuste (quatro anos) . Enquanto a valorização do servidor da segurança não for prioridade, não adianta fazer propoganda no PIG afirmando que a segurança melhorou. Quem afirma não se arrisca a sair à noite da sua casa, e agora, muito menos levar seus filhos nos parques.