8 de nov. de 2009

Il postino ataca SUS e Lula

Estou lendo o livro "A Audácia da Esperança" de autoria do presidente americano Barack Obama. Na página 31 ele fala do problema crônico da saúde pública americana. [..nosso sistema público de saúde está quebrado:ele é extremamente caro e ineficiente, e mal adaptado a uma economia que não se baseia mais em empregos vitalícios, um sistema que expõe os trabalhdores americanos à insegurança crônica e á possibilidade de desamparo. Mas, ano após ano, a disputa de interesses ideológicos e polítocs resulta em inação, exceto em 2003, quando aprovamos uma lei sobre medicamentos, que conseguiu combinar os piores aspectos dos setores publicos e privados - aumento de preço e confusão burocrática, problemas de cobertura e uma conta astronômica para os contribuinte...]

Abordei esse tema hoje porque não aguentei ler a coluna do IL Postino Paulo Sant' Ana neste domingo em Zé H(08). Sant'Ana deita e rola o pau no SUS e desdenha de Lula, que indicou ao presidente Obama que fizesse uma reforma no sistema público americano ao moldes do SUS brasileiro. Todos nós sabemos que o sistema brasileiro de saúde pública é imperfeito, mas posso assegurar a qualquer um que possua plano de saúde privado, que a maioria dos casos de prevenção e de tratamento de doenças dos 160 milhões de brasileiros passa por esse sistema. Os hospitais de referência vivem lotados sim, mas há por trás de tudo isso uma especie de conluio de federações e ou cooperativas de médicos que boicotam o sistema e em muitos casos agem como cartel da saúde.

A maioria dos planos privados de "saúde" serve para que você tenha "saúde" e não doença. Caso você tenha uma doença crônica ou um problema grave , o sistema privado logo acha uma maneira juridica de te excluir, e os advogados da empresa embargam tratamentos e pedem que você SAIA, pois não não dá mais lucro. Além disso, quanto mais velho você fica, mais caro tu paga e mais restrições são impostas. O sistema privado de saúde brasileiro é clone do americano é opera como aquele "amigo" que te empresta um guarda chuva em dia de sol (aahaha).

Já na parte pública, vamos pegar o "Novo Jeito de Fazer Saúde" de Yeda. Aqui, o governo deixou de investir mais de R$3 bilhões de reais na saúde dos gaúchos de 2007 até agora. Yeda investiu apenas 5,6% em saúde pública/ano durante esse período (milagre do déficit Zero), sendo que o mínimo seria investir 12 %. Resultado: (falta de medicamentos, retorno de epidemias e mal atendimento nos postos de saúde do Estado.

Nosso SUS não é perfeito, mas com certeza Il Postino erra feio seu recado. Basta visitar os hospitais públicos e ver que as milhares de pessoas que fazem quimioterapia, radioterapia, hemodiálises, transplantes, e tratamentos crônicos (coração, diabetes, pressão alta) são clientes do Sistema de Saúde Brasileiro e não do sistema Privado, Por que será ?

O sorriso sincero de Caetano


Não vou chamar de Burro quem se deixa fotografar "só sorrisos" com um dos vermes — que a terra já comeu — mais nojentos da política nacional (ACM) porque isso seria uma ofensa ao quadrúpede que sempre esteve ao lado do povo nordestino a enfrentar a seca e a roubalheira generalizada na época da ditadura e da nova república,patrocinados por um dos políticos mais corruptos que o Brasil já viu, seu nome: Antônio Carlos Magalhães - ACM.
Caetano disse, em entrevista, que Lula é analfabeto. Pois bem ! o "analfabeto Lula", ao final de seu governo, vai entregar 14 Universidades Federais e centenas de escolas Técnicas Federais ao povo brasileiro em todo o Brasil,isso em apenas 6 anos. FHC terá que conviver (inveja) com essa dura realidade pelo resto de sua vida e amargar uma comparação dos dois projetos (PSDB vs PT) em 2010.

Bento exige segurança: Quem é responsável ?

Dando uma olhada rapidinho tanto na votação de Yeda Crusius para governadorqa quanto de Lula para presidente nas eleições de 2006 no primeiro e no segundo turnos na cidade de Bento Gonçalves fica visível a preferência dos eleitores tanto para Yeda para o governo do Estado quanto para Geraldo Alkmin à presidente. No segundo turno Yeda fez 60% dos votos válidos o que dá pra supor que todo o pessoal do PMDB que votou em Rigotto votou em Yeda, pois o percentual do PMDB no primeiro turno foi de 25.8%.

Fiz essa breve análise porque nas páginas policias do Correio do Povo de domingo (08) há uma máteria com o seguinte título: "Bento Gonçalves protesta contra onda de violência". Segundo a matéria, o motivo do ato em frente à Prefeitura de Bento Gonçalves foi pelo assassinato de Patrícia Anderle Maito, 32 anos, ocorrido na tarde da última terça. Proprietária de um mercado na localidade de São Valentin, distrito de Tuiuty, Patrícia morreu após um tiro nas costas durante um assalto.

Por mais lamentável que tenha sido a perda de um familiar de forma tão brutal entendo que os bentogonçalvenses que estiveram nessa passeata erraram o caminho, pois a segurança pública e de responsável do governo Yeda, e é dela e de seus aliados (PMDB) dos quais deveriam cobrar segurança pública.
Por motivos profissionais estive várias vezes no município este ano e em nenhuma dessas oportunidades pude presenciar uma viatura policial nas ruas. Aliás, a prefeitura foi obrigada a colocar segurança particular em pontos turisticos da cidade para impedir que carros e ônibus fossem assaltados. Portanto o assunto é grave e antigo, pena que sempre aquela velha ladainha dos direitos humanos para bandido volte a tona nos discursos de quem perde um parente vítima da violência, ao invés de refletir e ver os números: O governo do PSDB-Yeda, nos primeiro três anos, investiu menos de 10 % dos recursos orçamentários previstos na segurança pública e a maioria dos equipamentos comprados nesse período têm origem do governo Lula (viaturas, helicópteros, motos, coletes e armas, bolsa de estudos)

Quem conhece a região sabe que a violência não está apenas na cidade de Bento mas em toda a serra. Municipios pequenos e de médio porte: Coronel Pilar, Monte Belo, Garibaldi Farroupilha já foram, nos últimos meses, vitimas de assalto coletivos onde foi usada grande violência nas ações. Caxias do Sul também bate recorde em assaltos, homicídios e violência.

Tenho uma idéia: peçam que o governo Yeda faça uma audiência pública para discutir o tema da criminalidade na cidade e exijam a presença da sua representante legitima, que recebeu em 2006 mais de 60% dos votos . Ela vai ter que comparecer.

Foto: Mônica Lovera - Correio do Povo

Para pendurar na parede

Elio Gaspari em sua coluna dominical, veiculada no Correio do Povo de hoje (08) traz luz sobre as medidas econômicas de FHC na crise financeira de 1997 e compara com as ações do governo Lula do PT (ahahahahahah) na ecatombe de 2008. ACHO ATÉ QUE DÁ PRA PENDURAR NUMA PAREDE ESSE ARTIGO.


Vamos ao texto:

Um malvado devorador de números fez um exercício e comparou as iniciativas tomadas pelo tucanato durante a crise financeira internacional de 1997/1999 com as medidas postas em prática pelo atual governo desde o ano passado. Fechando o foco nas mudanças tributárias, resulta que os tucanos avançaram no bolso da patuleia, enquanto Nosso Guia botou dinheiro na mão da choldra.Entre maio de 1997 e dezembro de 1998, o governo remarcou, para cima, as alíquotas de sete impostos, além de passar a cobrar um novo tributo.A alíquota do Imposto de Renda do andar de cima passou de 25% para 27,5%.

O IOF de créditos pessoais dobrou e aumentaram-se as dentadas nas aplicações. O IPI das bebidas ficou 10% mais caro e a alíquota do Cofins passou de 2% para 3%. Tudo isso e mais a entrada em vigor da CPMF, que arrecadou R$ 7 bilhões em 1997.A voracidade arrecadatória elevou a carga tributária de 28,6% para 31,1% do PIB. O produto interno fechou 1998 com um crescimento de 0,03% e a taxa de desemprego pulou de 10% para 13%. Em 1999, o salário mínimo encolheu 3,5% em termos reais.

A crise financeira mundial de 2008/2009 foi mais severa que as dos anos 90. Em vez de aumentar impostos, o governo desonerou setores industriais, baixou o IPI dos carros, geladeiras e fogões, deixando de arrecadar cerca de R$ 6 bilhões nos primeiros três meses do tratamento. Uma mudança na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, resolvida antes da crise, deixou cerca de R$ 5,5 bilhões na mão da choldra. A carga tributária caiu de 35,8% do PIB para 34,5%. Em 2009, o salário mínimo teve um ganho real de 6,4%.

O desemprego deu um rugido, mas voltou aos níveis anteriores à crise. Ao que tudo indica, a crise de 2008 sairá pelo mesmo preço que a de 1997/98: um ano de crescimento perdido.As duas situações foram diferentes, mas o fantasma do populismo cambial praticado pela ekipekonômica de 1994 a 1998 acompanhará o tucanato até o fim de seus dias. O dólar-fantasia teve uma utilidade, ajudou a reeleger Fernando Henrique Cardoso. Ele derrotou Lula em outubro, e o real foi desvalorizado em janeiro.