29 de jul. de 2009

A ética dos éticos do Senado

A mídia na divulga, mas o ético senador Artur Virgílio (PSDB-AM) pegou emprestado US$ 10 mil para cobrir uma conta em gastos feitos em Paris com o seu cartão internacional, mas com dinheiro do Senado, emprestado pelo ex-diretor-geral afastado da Casa, Agaciel Maia. O senador disse que pagou o dito empréstimo a partir de uma "vaquinha" feita pelos amigos. Esse valor é maior que muita gente ganha em um ano de serviço suado. Será que esse valor entrou na declaração do imposto de renda de seus amigos de "vaquinha" ? O senador Marconi Perillo (PSDB-GO), vice de Sarney, teve investigação arquivada pela Mesa Diretora do Senado. Os senadores aprovaram o parecer do advogado-geral do Senado para abafar denuncia baseada na reportagem da Revista Época que revelou a denúncia do Ministério Público contra o senador e o atual governador de Goiás, Alcidez Rodrigues, por prática de “caixa dois” durante a campanha de 2006. Fritar Sarney é na prática salvar uma instituição falida. Entendo que o Senado Federal deve ser extinto na reforma política, pois tudo o que há de mais conservador da política brasileira está representado lá. O Senado é uma Casa com poder revisor, seus senadores têm oito anos de mandato e seus suplentes são escolhidos por meio de conchavos partidários. A estrutura oferecida aos 81 senadores é muito maior do que a dos 513 deputados da Câmara, e não se justifica. Todos sabemos que lá é um depósito do que há de mais atrasado da política nacional dos últimos 50 anos da história do Brasil.