10 de abr. de 2009

O morticínio de animais na UFRGS

Fico só fitando os olhos daquelas pessoas que dizem que gostam de gente mas não gostam de bichos e ainda criticam aqueles que amam a natureza e suas criaturas. Aprendi empiricamente que essas pessoas que ajudam pequenas criaturas que evoluiram e caminharam conosco por milhares de anos ao nosso lado também são os mesmos que trabalham silenciosamente ajudando sua comunidade, fazendo-a evoluir. Não acredito em gente que enche a boca afirmando que ajuda pessoas e não bichos. Quem cuida de bicho cuida de gente também. Quem acolhe, cuida castra e doa animais tem certeza que dezenas de outros não surgirão nas ruas, ou morrerão atropelados, de fome ou causando um grave acidente com vítimas humanas. Esses dias fiquei feliz ao ver, no final da tarde, um catador de rua e sua família , com seu carrinho cheio de material reciclado indo rumo rua à casa. Ao lado, faceiros, estavam seus três cachorros, que seguramente os protege contra gente que espanca mendigo por diversão e coloca fogo em índio que dorme na rua. No meu bairro há três jovens que moram na rua (a mudança não pode parar -ahahaha),vivem na praça e dormem sob uma marquise. Junto com eles há dois lindos cachorros que monitoram o perímetro e, seguramente, garante um sono um pouco mais tranquilo para quem sobrevive nas violentas rua de Porto Alegre. O homem constróe bombas capaz de destruir o planeta, mas nem sequer é capaz de criar uma flor sem a ajuda da natureza. A capacidade maligna e de destruição do ser humano é impressionante, somos projetados para destruir, mas tem gente aqui pra impedir isso. O morticínio de animais por envenenamento na UFRGS nada mais é do que o reflexo de uma sociedade doente, de gente que não consegue dividir seu espaço nem comgente, nem bicho nem consigo mesmo. Tenho certeza que milhares de pessoas estão mobilizadas para impedir que parasitas como esses, que matam animais por diversão sejam punidos severamente.