28 de mar. de 2009

Na caçapa

Até os flanelinhas da Praça da Matriz sabiam que o procurador Mauro Renner estava pela bola 7 para deixar a chefia do Ministério Público Estadual. Como a desgovernadora não é obrigada a escolher o mais votado, e o atual procurador ja tinha cumprido seu dever de "Casa" a escolhida foi a procuradora Simone Mariano por uma questão de gênero, segundo Yeda (ahahahahaha). Simone foi apoiada pelo secretário estadual da Transparência e da Probidade Administrativa, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, procurador do MP. Podemos afirmar então que com a eleição do MPE resolvida o caso dos grampos será investigado a fundo pelo MPE (ahahahaha). A troca de comando no MPE guasca, na minha opinião, não faz a mínima diferença, pois todos sabemos que os valorosos quadros do MPE, do alto do seu majestoso prédio, têm lado e defendem o estado de direito. Sabem a quem deverão defender no momento exato. O povo gaúcho é o mais politizado do Brasil.

Eu quero um presídio na minha cidade

É uma hipocrisia no Estado mais politizado politizado do Brasil (ahahahahaha cof cof cof) que municípios se mobilizem para não receber presídios. Enquanto fazem cavalgadas, regadas a churrasco e uma boa chachaça para protestar com a construção, centenas de apenados comandam livremente de dentro daquele tipo de cadeia a maior parte dos grandes crimes vistos por ai. Sequestros, assaltos a banco, assalto a carro forte, tráfico, roubo de carga etc.. Diferente do presídio central de Porto Alegre (uma masmorra) o município de Charqueadas, que fica a 45 quilômetros distante de Porto Alegre, abriga vários presídios e tem residente um batalhão inteiro de policiais militares. Nunca se ouviu falar que a comunidade tenha sido atacada por quadrilheiros e que a criminalidade tenha aumentando, pelo contrário. Sempre falo aos meus amigos que um município para se desenvolver deve possuir um dos três eixos: industria, universidade ou um presídio. Sim ! são dezenas de policias que moram, recebem seus salários e os investe na cidade, gerando emprego e renda. Os prefeitos não se deram conta que também os parentes dos presos geram indiretamente emprego na cidade que os acolhe. Peça ao prefeito de Charqueadas o quanto cairia a arrecadação da cidade caso todos os presídios fossem transferidos daquela localidade. Outro fator que pesa a favor da cidade é que deve ser negociado como o governo Federal e Estadual é que a compra de todo o material para a construção e manutenção do presídio possa ser feita com materiais do comércio na própria localidade, assim como a alimentação dos presos e a reciclagem dos materiais. Se eu fosse prefeito e não tivesse a oportunidade de ter uma universidade ou uma industria, eu aceitaria, de bom grado, uma boa penitenciaria de segurança máxima. Quem sabe até junto com a vinda de um presídio o governo possa criar alguma extensão universitária na cidade. Enquanto isso a churrascada anti-presídio corre solta em nosso pago politizado.