22 de nov. de 2008

Celeuma na veia, direto do blog celeuma.


Durante o início do ato em homenagem ao Dia da Bandeira, com a banda da Brigada Militar pronta para executar os hinos Nacional, da Bandeira e do Rio Grande do Sul, em frente ao Palácio Piratini, finalmente a governadora do Rio Grande do Sul, por força do protocolo, esteve bem próxima dos trabalhadores em educação, que ela se recusa a receber, acampados em frente a sede do governo, desde a segunda-feira. Talvez a mais impopular representante da direita guasca no Executivo, desde Antônio Britto (ex-PMDB, atual PPS), já é comum que a governadora seja vaiada em público. A ponto de se recusar a participar de algumas cerimônias importantes, porque avisada previamente por assessores, como a inauguração da Plataforma P-53, em Rio Grande, recentemente. Na manhã da última quarta-feira, ao colocar os pés na calçada de pedras portuguesas do Palácio Piratini, a vaia veio forte. Com sua habitual arrogância a governadora com dedo em riste pediu silêncio aos manifestantes.Tradução do momento registrada pelo assessor do PRBS: "Os manifestantes estavam vaiando durante a execução dos hinos"Talvez mentir descaradamente dê algum status para os neófitos de um partido-empresa que tenha como eixo central a mentira. Nem o testemunho de mais de 200 prefeitos inibiu a vontade de erguer a governadora do lamaçal político em que se encontra.A mentira virou peça de engenharia política. Alimentou falsa polêmica e inferiu a seguinte subjetividade no leitor desavisado: os professores fazem greve no final do ano, prejudicam as crianças e ainda por cima não respeitam nem o hino. Logo: baderneiros. Certo?Pior que o leitor enganado é o lumpesinato que escreve em outros veículos, reproduzindo a mentira. Sequer estiveram no local. Bom, nem o autor da nota esteve, esperar o quê.O curioso disso tudo, é que a titular da coluna de Política mais lida no Rio Grande do Sul, não pelos seus méritos, mas pelo alcance do veículo e seu oportuno monopólio, ignora a opinião de jornalistas, sociólogos, psicólogos e pesquisadores sobre seu trabalho, classificando-os simplesmente como infelizes, invejosos e de mal com a vida. Esse é o nível intelectual da porta-voz oficialesca dos setores mais conservadores da sociedade gaúcha. E como demonstramos no episódio de ontem, parece ser critério para se dar bem no partido-empresa.